Bibliografia

Bibliografia especializada

Costa, Cruz, Viana & Pereira (2015). Literacia Digital de Adultos: Contributos para o desenvolvimento de dinâmicas de formação. Atas do Seminário Internacional de Informática Educativa (SIIE). Setúbal: Instituto Politécnico de Setúbal. pp. 169-175.

Resumo – Este artigo apresenta um estudo exploratório dedicado ao levantamento de situações em que o cidadão adulto encontra dificuldades para exercer a sua autonomia por não saber utilizar as tecnologias. No quadro de uma metodologia de desenvolvimento, foi aplicado um questionário a 106 sujeitos adultos, com idades compreendidas entre os 26 e os 92 anos, residentes em Portugal. Da análise realizada, foi possível apurar 13 categorias de interesses no âmbito da literacia digital de adultos, destacando-se um conjunto de referências que remetem para interesses relacionados com o desejo de tratar de questões burocráticas através da Internet. Estes resultados constituem o fundamento para a elaboração de dinâmicas formativas destinadas à promoção da cidadania digital, a desenvolver em torno de seis grandes domínios de aprendizagem: 1) Informação; 2) Comunicação; 3) Produção; 4) Lazer; 5) Dia-a-dia; e 6) Segurança e Identidade Digital. Este último considerado de natureza transversal, devendo por isso ser trabalhado de forma integrada a um ou mais domínios de aprendizagem. Download

Gil, H. & Amaro, F. (2011). Currículo «geronto-digital»: os idosos e a sociedade da informação e do conhecimento. Atas da VII Conferência Internacional de TIC na Educação, Challenges 2011. Braga: Universidade do Minho.

Resumo – A presente comunicação pretende evidenciar a necessidade de se criar um «Currículo Digital de 3ª Geração» para que inclua os idosos na Sociedade da Informação e do Conhecimento. Para o efeito, serão apresentadas as principais iniciativas da União Europeia e de Portugal, em particular, relacionadas com a promoção da utilização das TIC pelos cidadãos mais idosos. Tendo em consideração o incremento do envelhecimento no seio da União Europeia e também a realidade de Portugal, torna-se urgente discutir e reflectir acerca de quais as medidas que se devem implementar para que os idosos deixem de ser um grupo de cidadãos info-excluídos. Neste sentido, a criação de condições para o envolvimento dos idosos na utilização de meios tecnológico/digitais deverão constituir uma prioridade como forma de proporcionar um adequado envelhecimento activo. Download

Patrício, M. & Osório, A. (2013). Aprender, colaborar e innovar através de las TIC. III Congreso Ibérico de Innovación en Educación con las TIC (ieTIC 2013), Universidad de Salamanca.

Resumo – As TIC representam um papel importante na nossa sociedade e a literacia digital é uma competência fundamental no século XXI. No entanto, muitos adultos idosos nunca usaram a Internet devido à falta de qualificações para utilizar as novas tecnologias, ou seja, devido à iliteracia digital e mediática. A motivação de um grupo de adultos idosos para a utilização de redes sociais determinou a realização deste estudo que visou a promoção da literacia digital e da aprendizagem ao longo da vida por meio da aprendizagem intergeracional e de redes sociais; visou, ainda, identificar formas de concretizar a aprendizagem intergeracional para a literacia digital. Neste artigo apresentam-se as descobertas mais significativas resultantes do estudo de um caso de um grupo de adultos idosos que melhoraram as suas competências digitais e aumentaram o seu interesse pela aprendizagem permanente e ao longo da vida, através da aprendizagem intergeracional com utilização de redes sociais. Download

Patrocínio, T. (2008). Para uma genealogia da cidadania digital. Educação, Formação & Tecnologias; vol.1(1), pp. 47-65.

Resumo – A globalização significa a própria mudança da condição humana em todas as suas vertentes, fazendo emergir a vida quotidiana e a dimensão ética que levam a questionar a concepção de pessoa/cidadão e de cultura, num contexto de multiculturalidade, traço essencial da sociedade tecnológica, em que todos os quotidianos são co-presentes. É nessa asserção que os projectos educativos se podem configurar de forma convergente com um projecto social viável, de modo a que as mutações em curso, e que se configuram possíveis, possam vir a ser qualificadas de positivas no contexto da globalização vista como uma oportunidade para a humanidade. Assim, emerge como essencial, no contexto da sociedade tecnológica digital globalizada, uma visão ontológica da cidadania, isto é, a assunção da cidadania como uma condição da natureza humana, muito articulada com a pessoalidade. A identidade e o sentido de pertença constroem-se em cada cidadão e não pré existem em ninguém, como qualquer coisa de hereditário ou de adquirido, apesar de todos nascermos sociais. Este deverá ser o grande desígnio da educação, dentro e fora da escola, já que toda a educação deverá ser personalização, enquadrada num contexto de formação, de culturalização e de humanização, exigindo novas competências cognitivas, axiológicas e relacionais. Download

Roberto, M.; Fidalgo, A. & Buckingham, D. (2015). De que falamos quando falamos de infoexclusão e literacia digital? Perspetivas dos nativos digitais. Observatorio (OBS*) Journal, vol.9 - nº1 (2015), 043-054.

Resumo – A infoexclusão e a literacia digital são temas presentes no debate científico devido ao acentuado progresso tecnológico. Neste trabalho qualitativo analisamos as perceções dos nativos digitais sobre esta problemática, nomeadamente as suas reflexões sobre a desigualdade digital entre jovens e séniores. Centro e trinta e cinco estudantes universitários responderam a várias questões abertas através de questionário. Os resultados apresentam uma visão tecnológica funcional ancorada em perceções idadistas. Apesar de os nativos digitais dominarem o uso das novas tecnologias, é fundamental expandirem o seu conhecimento teórico sobre a infoexclusão para que possa existir a compreensão necessária para uma aposta na literacia digital dirigida a todos os públicos. Download

Ramos, A.& Faria, P.(2012). Literacia digital e literacia informacional: breve análise dos conceitos a partir de uma revisão sistemática de literatura.Revista Linhas, 2: 32-44.

Resumo – Os conceitos de literacia digital e literacia informacional ora surgem como quase sinónimos, para alguns autores, ora com definições distintas, para outros. O que uns consideram literacia digital é por outros denominado literacia informacional. Neste artigo propomo-nos analisar ambos os conceitos a partir dos resultados de uma revisão sistemática de literatura realizada nas bases de dados ISI (ISI Web of Knowledge) e ERIC (Education Resources Information Center). Assim, apresentamos a) o processo e o produto da revisão sistemática com apoio do EndNote para cada um dos conceitos; b) a análise dos dados com recurso a NVivo c) a conclusão acerca do atual estado da arte quanto ao conceito de literacia digital e de literacia informacional. Download

Roberto, M; Fidalgo, A. & Buckingham, D. (2014). Estas memórias que os retratos nos dão – análise de um programa de inclusão digital aplicado em contexto de lar de terceira idade. Investigar em Educação - II ª Série, Número 1, 199-218.

Resumo – O envelhecimento populacional combinado com a inovação tecnológica reforça a infoexclusão entre a população idosa, enfatizando a necessidade de promover a inclusão digital como estratégia de envelhecimento ativo. Em contexto informal, desenvolveu-se um programa de inclusão digital, ancorado na fotografia enquanto prática pedagógica, dirigido a idosos residentes em lar de terceira idade. Este trabalho tem como objetivo explorar a perceção do idoso sobre a inovação tecnológica, assim como a dimensão social do lembrar. Através de uma metodologia de investigação-ação, 77 idosos com idades entre os 50 e os 100 anos participaram ao longo de 5 meses em diversas atividades. Os dados foram recolhidos através de fotografias, notas de campo, registos audio e observações. Os resultados ilustram a contribuição desta prática pedagógica na valorização da aprendizagem, da socialização entre o grupo e do sentido de identidade entre os idosos. Download

Sebastião, S. (2014). A literacia digital e a participação cívica. Educação, Sociedade & Culturas, nº 42, 2014, 111-132.

Resumo – O presente artigo explora os conceitos de cidadania digital e de literacia para os media, mais concretamente de literacia digital considerando o meio Internet, procurando relacioná-los e compreender como a cidadania digital usa a Web em termos cívicos. Partimos de definições genéricas de cidadania, enfatizando a sua dimensão cívica, e de literacia para a caracterização da literacia digital e definição de indicadores mensuráveis da mesma. Estes indicadores são relacionados com o uso da Web pelos/as utilizadores/as comuns que caracterizamos como cidadãos/ãs digitais dado que recorrem à Web para exercer os seus direitos e responsabilidades. Foram obtidas 186 respostas válidas a questionários aplicados presencialmente a uma amostra de conveniência. Os/as utilizadores/as inquiridos/as cumpriam os pré-requisitos de serem utilizadores/as da Web e possuir um perfil na rede social Facebook. Os resultados mostram que, não obstante os elevados níveis de literacia digital das pessoas inquiridas, a sua cidadania digital é passiva. Download

Terra, A. (2011). A literacia da informação europeia e o exercício dos direitos de cidadania. Atas do Congresso Nacional 'Literacia, Media e Cidadania' 25-26 Março 2011, Braga, Universidade do Minho: Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, 515-528.

Resumo – Partindo da análise do conceito de cidadania, incide-se sobre as especificidades da cidadania europeia e sobre a sua evolução histórica. São apresentados alguns estudos sublinhando a relevância do acesso e uso de informação adequada para o exercício da cidadania. De seguida, são examinadas as condições materiais e legais que a Comissão Europeia procura criar para permitir o acesso à informação da União Europeia por parte dos cidadãos. Disponibilizando uma grande quantidade de informação em formatos e meios variados, as instituições europeias não têm em conta os aspectos relacionados com as competências dos indivíduos para utilizar essas oportunidades ao seu dispor. São apresentados os níveis de conhecimento dos direitos de cidadania e de uso de alguns recursos de informação europeia por parte dos europeus. Com base nestes elementos, fundamenta-se a necessidade de desenvolver competências de literacia da informação para o pleno exercício da cidadania europeia. Download